Rio - As ações do empresário-procurador Eduardo Uram podem estar com os dias contados no Botafogo. Ao saber da transferência do lateral-direito Leonardo para o Vasco sem ser consultado, o presidente Mauro Ney Palmeiro vociferou contra o empresário.
"Se isto for mesmo confirmado, considero rompido todos os acordos de jogadores por ele representados", afirmou o presidente que, se puser em prática o que disse, terá que reavaliar os contratos de nove jogadores: Leandro Eugênio e Júnior, que ainda não renovaram, Geraldo, Rodrigo Fernandes, Lázaro, Tavares, Serginho, Márcio Gomes e o recém-contratado Ademílson.
"Vou acionar o departamento jurídico e estou disposto a brigar. Ele se tornará uma persona non-grata no clube e aqui não poderá mais entrar", emendou.
O fato é que a diminuição da força do empresário deve-se à chegada de Bebeto de Freitas.
"Todos os jogadores dos quais sou procurador não representam, somados, R$ 120 mil em salários na folha. Eu tinha acertado tudo com Renato Lourenço Jorge (ex-vice de futebol), mas Bebeto chegou e quis renegociar tudo. O que eu posso dizer aos atletas?", indagou Eduardo Uram, frisando que retira o interesse de sua empresa, a Brazil Soccer, de gerir as categorias de base do Botafogo.