Rio - Os ex-médicos da Seleção Brasileira Lídio Toledo e Joaquim da Matta negam que Ronaldinho tenha tomado infiltrações durante a Copa do Mundo de 1998. Eles afirmam que é falsa a informação de que uma injeção de xilocaína com cortisona causou as convulsões sofridas pelo jogador no dia da final.
“Não há a menor possibilidade de a convulsão ter sido causada por infiltração. Não sei quem apareceu com essa versão”, rechaçou Lídio.
Segundo ele, não foi aplicada nenhuma injeção no joelho do jogador durante a Copa. Matta acrescentou que, se tivesse sido aplicado xilocaína em Ronaldinho, isso teria de ser informado à Fifa, pois a substância pode ser considerada doping.
“É só ver a ficha do jogo, em que eu não declarei utilização de xilocaína em nenhum jogador.” Clínico-geral da Seleção, Matta acha que não há sentido em voltar ao caso Ronaldinho, que, para ele, foi ''exaustivamente'' explicado.
Os dois afirmam não estarem preocupados com um nova investigação do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). “Pode ser reaberto que não vai dar em nada. Esse caso já foi mais do que provado”, diz Lídio.
Entre outros membros da delegação brasileira na Copa do Mundo, poucos esclarecimentos. Chefe da delegação na época, Fábio Koff, afirmou desconhecer que uma infiltração tivesse causado a convulsão. “Eu não sabia nada disso. É a primeira vez que escuto essa história”, disse o dirigente.