Cirurgia ameaça tirar Guga do Aberto da França
São Paulo – A possível cirurgia a que Gustavo Kuerten pode ser submetido por causa de seu problema no púbis ameaça até a presença do tenista no Aberto da França, que acontece em maio, onde ele defende o título e 700 pontos na !Lista de Entrada!, o ranking antigo da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
A informação foi dada pelo médico da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), Rogério Teixeira da Silva em entrevista ao Terra Esportes TV, que ganhou sua segunda edição nesta segunda-feira e agora vai ao ar entre segunda e sexta às 9h e 14h. Guga admitiu após a derrota para o francês Jullien Boutter admitiu a possibilidade de ser submetido a uma cirurgia para curar o problema que lhe atormenta a quase um ano.
Teixeira da Silva disse que o tempo para recuperação desse tipo de cirurgia é muito variado. Porém, a mais simples, demanda de três a quatro meses para o tenista se recuperar. Com isso, Guga só poderia retornar às quadras em maio. O Aberto da França começa no dia 27 deste mês, dando pouco tempo para o tenista se preparar para buscar o tetracampeonato.
O médico da CBT afirmou, no entanto, que nem sempre a cirurgia é obrigatória e a utilização ou não dessa solução para cura das contusões depende muito da modalidade. “Existem casos onde a cirurgia é muito indicada. Como, por exemplo, em jogadores de rúgbi, que têm traumas muito freqüentes. Isso faz com que metade da bacia suba. Nesse caso, o tratamento fisioterápico não adianta.”
Guga, no entanto, vem recebendo tratamento fisioterápico desde o ano passado. Chegou a ficar afastado das quadras mais de um mês. Apesar disso, continuou sentindo dores no púbis. O chileno Marcelo Ríos, que já foi número 1 do ranking mundial, também sofreu do mesmo problema e teve que ser operado. Ficou cerca de um semestre longe das quadras.
“O Guga, como a maioria dos tenistas, joga com o apóio aberto da perna e isso é um fator para gerar essa lesão. Se você não tiver uma musculatura equilibrada, isso vai se agravando com o tempo”, declarou Teixeira da Silva.
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