Rio - A possibilidade de Gustavo Kuerten ter que se submeter a uma cirurgia para corrigir a lesão que tem no quadril deve se traduzir em um problema grande para Ricardo Acioly, o Pardal, o capitão da equipe brasileira que disputa a Copa Davis, a partir de 8 de fevereiro, contra a República Checa.
“Jogar fora de casa já é complicado, para qualquer equipe. No nosso caso, sem o Guga, complica mais ainda. Mas temos jogadores experientes, que têm condições de ir lá e ganhar”, disse o capitão, ontem, logo após retornar da Austrália, onde acompanhava a disputa do primeiro Grand Slam do ano.
A ausência do número 2 do mundo ainda não é dada como certa, mas os médicos que tratam do tenista já sugeriram que ele opte pela cirurgia, já que acreditam que simples sessões de fisioterapia são insuficientes para que o problema seja sanado. A lesão, que pode se tornar mais crítica, já trouxe mais conseqüências ruins ao brasileiro. Entre elas, uma tendinite nos músculos adutores da coxa.
“O Guga tem que tomar conta do seu corpo. Não existe competição mais importante do que a de um atleta contra seu corpo. Ele tem que ver o que é melhor para sua saúde e, se for a cirurgia, tem que fazer mesmo”, recomenda Acioly, que não quis adiantar como ficaria a equipe que joga contra a República Checa com a ausência de seu melhor integrante.
“É uma coisa que não posso te dizer agora. Os nomes estão nas mãos da CBT (Confederação Brasileira de Tênis). Eles vão divulgar”, completa Acioly. “É claro que sem ele vai ficar difícil. O Guga é uma peça muito estável na equipe. Com ele, o time tem um peso. Sem, outro, completamente diferente. Mas o Gustavo operando, não pode jogar, fazer o quê.”
Acioly deve contar com Fernando Meligeni, Alexandre Simoni, Flávio Saretta, André Sá e Daniel Mello. Chegou a cogitar, inclusive, a participação de Thomas Behrende, nascido no Rio Grande do Sul, mas que partiu para a Alemanha para treinar e desenvolver seu jogo. Sua melhor participação, no Brasil, foi o vice-campeonato na etapa paulista da Copa Ericsson de 2001.