Rio - Bastou uma rodada do Torneio Rio-São Paulo para o técnico Vanderlei Luxemburgo perceber que o peso da camisa 10 do Palmeiras, que um dia já foi de Ademir da Guia, estava fazendo mal para o meia Lopes.
"Preferi mostrar para o Lopes que ele pode fazer história com a camisa sete. Deixa a camisa 10 para outro jogador que não será tão cobrado. E outra: o que o Ademir da Guia fez pelo Palmeiras dificilmente outro jogador irá fazer", afirma o treinador, se mostrando irritado com o questionamento.
O fato do jogador ter usado duas camisas diferentes na competição, o que inicialmente o regulamento não permite (os jogadores devem entrar em campo com o número de inscrição na camisa), não preocupa a diretoria do Palmeiras. Sebastião Lapola, diretor de futebol, afirma que perguntou para a comissão de arbitragem antes de Lopes entrar em campo, no domingo, contra o Botafogo.
"Acho que não teremos problema. Na primeira rodada não fizeram nem exame antidoping", comenta Sebastião Lapola.
Lopes, que está inscrito no Torneio Rio-São Paulo com a camisa 10, não se importou de ter de mudar o número no Maracanã. "Normal. Para mim não ligo para essas coisas. Quero entrar em campo e jogar meu futebol. Coisa que não venho fazendo direito", afirma o meia, que deverá formar dupla de armação com Alex.
O jogador afirma que em nenhum momento pediu para trocar de camisa. Mas que nunca em sua carreira havia jogado com o número 10 nas costas. No Volta Redonda, Lopes jogava com a 8.