La Paz - A imprensa boliviana comentou indignada a goleada de 6 a 0 sofrida por sua seleção, na noite de quinta-feira em Goiânia, para o Brasil, em um jogo preparatório dos brasileiros para a Copa do Mundo da Coréia do Sul e Japão.
O principal criticado foi o presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Wálter Castedo, acusado de deixar no chão o "pequeno" prestígio do futebol nacional "por alguns reais".
De acordo com a imprensa boliviana, a FBF recebeu US$ 40 mil para servir de sparring para o "implacável" time brasileiro, que está no Grupo C do Mundial, ao lado da China, Costa Rica e Turquia.
"Bolívia traz meia dúzia de gols. Brasil nos humilhou", foi a manchete do influente jornal El Deber, de Santa Cruz (leste), que descreveu a improvisada equipe boliviana como algo "sem pé nem cabeça".
"De maneira que a história - a dolorosa história - se repetiu mais uma vez. Foi outra goleada em terra brasileira, a quinta em oito visitas nossas, sendo três consecutivas, com 17 gols contra e nenhum a favor. Está de bom tamanho. O Brasil nos tem como filhos e voltou a dar uma festa a nossa custa", afirmou o jornal La Prensa.
O tablóide La Razón qualificou a derrota de catastrófica e criticou a forma como a honra nacional foi exposta. "Brasil dá uma lição de futebol na Bolívia", foi o título do tablóide, que lamentou o fato da seleção boliviana ter feito apenas um treinamento para enfrentar o tetracampeão mundial de futebol.