Salt Lake City (EUA) - A representação latino-americana nos 19o. Jogos de Inverno, que serão realizados em Salt Lake City, volta a ter uma presença simbólica, com seis países que enviarão 39 atletas para a competição.

O Brasil é um dos países com a maior delegação, com 11 atletas que participam das provas de esqui alpino, bobsled e esqui nórdico dentro da modalidade de esqui de fundo e luge.

A Argentina também está representada por 11 atletas, enquanto que o Chile participa com sete representantes, o México e a Venezuela com quatro, e Porto Rico com apenas dois.

Os atletas masculinos, 31 participantes, superam as mulheres, que serão apenas oito, sete delas argentinas, enquanto que o México e Porto Rico não terão representação feminina. Pelas marcas conseguidas, nenhum dos atletas latino-americanos estão entre o grupo dos que podem ganhar uma medalha e o objetivo será mais uma vez adquirir o máximo de experiência.

O argentino Agustín García Jurjo é o que está com a melhor classificação dentro da competição de esqui alpino, na qual também estará seu conterrâneo Cristian Javier Simari.

"Estou consciente de que nossas possibilidades de conseguir medalha são mínimas, mas cada um dos que chegaram a Salt Lake City tentará superar suas próprias marcas individuais", declarou García. Macarena Simari chega como a melhor dentro da competição de esqui alpino para as provas de eslalon e supergigante, mas também sem chances de conseguir uma medalha.

A Argentina também terá representação na prova feminina de biatlon com Natalia Lovece e na masculina com Ricardo Anibal Oscare. Getty Clyde estará presente na competição de esqui acrobático na modalidade de saltos, e no Campeonato do Mundo de 2001 foi vigésimo- quinto. A Argentina também terá atletas nas provas de Luge e Skeleton.

O chileno Thomas Grob é o que apresenta as melhores credenciais Olímpicas depois de ter ficado em décimo-primeiro na combinada de esqui alpino de Nagano'98 e tentará estar novamente entre os 20 melhores.

"O fato de estar participando dos Jogos Olímpicos pela segunda vez e representando o Chile é para mim uma grande honra e se depois conseguir uma boa classificação me sentirei muito mais feliz", comentou Grob.

Seu irmão Duncan também estará presente nas provas de eslalon gigante e supergigante, enquanto que Anita Irarrazabal fará sua estréia nas Olímpiadas para participar do supergigante feminino. Carlos Varas e Claudia Barrenechea também estrearão nos Jogos com o Chile nas provas de biatlon masculinas e femininas, respectivamente.

O México se apresenta com César Valdivia, Roberto Lauderdale e Roberto Tames na provas de Bobsled e Luis Carrasco em skeleton. Porto Rico terá Michael González e Manuel Repollet para participar da prova de Bobsled como dupla. A Venezuela conta com Werner Hoeger e Christopher Hoeger que passaram para a história dos Jogos Olímpicos, por ser a primeira vez que um pai e seu filho competem na mesma prova.

Os Hoeger participarão do luge (trenó) e apesar de não terem possibilidades de conseguir medalha se transformaram no centro das atenções pelo parentesco que os une. Werner Hoeger nasceu em 15 de dezembro de 1953 na localidade venezuelana de Mérida e seu filho Christopher, nos Estados Unidos -em Odessa (Texas)- que em 15 de janeiro completou 17 anos, mas mantém a nacionalidade venezuelana. Ambos vivem na localidade americana de Boise (Idaho).

"Até agora tudo vai muito bem. A pista está muito bem preparada. Meu filho e eu sabemos que não temos possibilidade alguma de ganhar uma medalha, por isso só nos importa fazer quatro bons percursos", disse Hoeger. A competição de luge será disputada no domingo e na segunda-feira. Paola Orsini e Iginia Boccalandro serão as representantes venezuelanas também na prova de luge (trenó).

EFE