São Paulo - Em um Canindé praticamente vazio, dezenove barulhentos torcedores chamavam atenção em um canto do estádio da Portuguesa.
Eram torcedores do Palmas. Alguns deles moram em São Paulo, outros, como o pedreiro Wallace Vaz da Costa, 28 anos, enfrentaram inacreditáveis 34 horas de viagem de ônibus, pagando R$ 117 só na passagem de ida, para ver o time do coração em campo contra a Portuguesa.
“Saí de Palmas às 20h de segunda-feira e cheguei aqui na madrugada de hoje (quarta-feira)”, relatou Costa, além de torcedor fervoroso, tem um motivo a mais para acompanhar o Palmas: é primo do atacante reserva Maxwell.
“Ele está no banco, mas vai entrar e fazer um golaço”, previa o torcedor antes da partida.
Em São Paulo há dois anos, mas apaixonado pelo Palmas, o vendedor Paulo Marcelo Rocha, 28 anos, levou seu filho Fredson, 8 anos, para ver o jogo.
“Apesar da pouca idade, ele é fanático pelo Palmas, como o pai”, disse, orgulhoso, Rocha. “Vamos ganhar de três a zero”, arriscava um palpite Fredson, mostrando o placar com a mão.
Ao chegarem nas arquibancadas do Canindé, a torcida do Palmas não se intimidou em apoiar a equipe. E ainda provocou. “Aha, uhu, o Canindé é nosso!”