Rio - Não é apenas Oscar quem está ansioso. Se no Rio, o 'Mão Santa' sorri toda vez que fala da possibilidade de jogar ao lado do filho neste Campeonato Nacional, Felipe, na Flórida (EUA) também não vê a hora de poder ajudar o pai a realizar aquele que é o último grande sonho do ala antes do adeus às quadras.
Felipe chega ao Rio de Janeiro na última semana de março (na época da Páscoa, no recesso escolar) e vai participar de duas partidas do Campeonato Nacional de Basquete Masculino 2002 ao lado de Oscar Schmidt. Vai entrar em quadra usando a camisa 41, uma homenagem em referência ao 14 com o qual o cestinha se consagrou.
“Ah, nem sei como vai ser isso. Estou tranqüilo, tentando até não pensar nisso agora, mas sei que vai ser uma coisa inesquecível. Sei o quanto o meu pai está apreensivo para que chegue logo esse momento. Sei o quanto ele sonhou e torceu para que isso acontecesse. Nos falamos quase todos os dias e ele até já me mandou a camisa 41 do Flamengo. Nunca imaginei que isso pudesse realmente acontecer um dia”, comentou Felipe, que é o número 23 do time da high school da Admiral Farragut Academy, onde estuda e joga.
Mas, contrastando com a alegria de poder jogar ao lado do pai em uma equipe profissional, está a tristeza pela aposentadoria de Oscar. Felipe parece ainda torcer para que o 'Mão Santa' mude de idéia.
“Ele decidiu isso, foi uma atitude pensada, bem pensada, mas sei que ele não está preparado para parar. Acho até que ele não quer parar. Para mim isso vai ser uma tristeza. Acho que meu pai deveria jogar até chegar aos 50 mil pontos. Na verdade, queria que meu pai jogasse para sempre, adoro vê-lo jogar e sei o quanto o basquete é 6importante na vida dele.”