Rio - Para quem está acostumado a enfrentar os times de menor investimento do Rio de Janeiro, jogar no interior paulista é conhecer uma realidade bem diferente. O alerta é dado por quem já enfrentou dificuldades com os chamados pequenos de São Paulo, como Caio, Sidney e o técnico Oswaldo de Oliveira. Neste sábado, o Fluminense vai a Jundiaí, enfrentar o Etti, às 16h.
Segundo Sidney, além da qualidade dos times, o interior paulista reserva algumas armadilhas. "Eles têm muita estrutura, mas você acaba encontrando vestiários ridículos, sujos, sem lugar para trocar de roupa, que ficam sempre reservados aos visitantes. Mas lá se investe alto, os times têm qualidade. É bom tomar muito cuidado".
O técnico Oswaldo de Oliveira também dá o aviso. "Aqui no Rio, também não é fácil jogar no interior. Mas ninguém leva uma vida boa em São Paulo. A infra-estrutura dos times é excelente. Ribeirão Preto, Araras e Mogi são cidades fortes e os times do interior tornam o Campeonato Paulista muito difícil. Vai ser um jogo duríssimo".
Caio, que viveu muito tempo no futebol paulista, conta que já viveu várias dificuldades jogando no interior. Segundo ele, a pressão da torcida é grande.
"Os times de menor investimento de lá têm uma mentalidade diferente. No Rio, as equipes respeitam os grandes e jogam na defesa. Lá eles atacam, sabem que podem ganhar de qualquer time quando jogam em casa. O povo torce pelo time local e cria uma pressão sobre os visitantes".
Ele diz, no entanto, que segurança não chega a ser problema. "Já aconteceu de ter ônibus apedrejado, mas é muito raro. Dentro do estádio, há muito folclore, mas existe segurança".
Os riscos não param por aí. Nas Laranjeiras, há uma clara preocupação com um adversário que joga à moda antiga: ou seja, com três atacantes. "Por não ser muito usual no futebol de hoje, o adversário demora a se adaptar ao jogo. Temos que entrar com muita atenção".