Grêmio vence e dispara na frente na Libertadores
Quarta-feira, 20 Fevereiro de 2002, 23h32 Atualizada: Quarta-feira, 20 Fevereiro de 2002, 23h57
Porto Alegre - O Grêmio alcançou sua segunda vitória consecutiva e a liderança isolada do Grupo 2 da Copa Libertadores da América ao derrotar o Cienciano, do Peru, por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Olímpico.
Os gols foram marcados por Fábio Baiano e Rodrigo Mendes.
No primeiro tempo, o Grêmio enfrentou uma poderosa retranca, que não se desfez nem depois do primeiro gol, aos 11 minutos. Na segunda etapa, o frágil Cienciano tentou ir à frente e abriu espaços. Com isso, o Tricolor chegou ao segundo gol, e poderia ter dilatado o placar se seus atacantes não fossem tão dispersivos.
A missão de furar a retranca do Cienciano foi cumprida cedo: aos 11 minutos. Anderson Lima cobrou falta da esquerda, no primeiro pau; Fábio Baiano antecipou-se à zaga e cabeceou para o gol; a bola tocou em García e entrou.
Antes disso, o Grêmio não tinha criado nenhuma chance. E dali em diante só criou outras do mesmo jeito: em lances de bola parada.
Isso porque o Cienciano não saiu da defesa mesmo depois de ter tomado o gol. Aos 19. Anderson Lima cobrou falta da direita, o goleiro Mendoza espalmou e Rodrigo Mendes pegou o rebote com um chute forte, porém a bola bateu num paredão de zagueiros.
Aos 23, outra chance, sempre com Anderson Lima. O ala direito cobrou falta perto da área com um belo chute no ângulo esquerdo. Mendoza fez grande defesa.
Como os dois atacantes, Claudio Pitbull e Rodrigo Mendes, eram bem marcados, as principais evoluções do Grêmio foram feitas pelo trio de meio-campistas Tinga, Fernando e Fábio Baiano. Eles se movimentaram com rapidez e bom entendimento. E chegaram a criar um belo lance, aos 36, quando entraram na área tabelando. Só que o chute de Fábio Baiano bateu na zaga.
O domínio foi tão grande, nesse primeiro tempo, que o Tricolor cavou dez escanteios contra nenhum do Cienciano. E, apesar do placar adverso, o goleiro Mendoza teve sua atenção chamada pelo árbitro por exagerar na cera.
No segundo tempo o time peruano voltou com outra postura. Mais ousado, resolveu sair em alguns contra-ataques rápidos em busca do empate. E quase conseguiu, aos 6: Moran entrou em diagonal, da direita para o meio, e ficou livre, mas Danrlei defendeu seu chute.
Só que essa ousadia teve um preço: deu ao Grêmio os espaços que faltaram na primeira etapa.
Aos 8, depois de tabela rápida, Tinga chutou no travessão. No rebote, Claudio Pitbull perdeu o gol, chutando para fora.
Aos 19, troca rápida de passes teminou com Claudio Pitbull livre para chutar; Mendoza fez difícil defesa.
Aos 21, o segundo gol. Escanteio da direita, Anderson Lima cobrou na marca do pênalti; Mauro Galvão cabeceou forte, Mendoza não defendeu firme, Rodrigo Mendes pegou o rebote e fez.
Esse gol desarrumou o Cienciano, que já não sabia se continuava a atacar ou voltava à defesa. Não fez uma coisa nem outra, e tornou o jogo muito fácil para o Grêmio. Mas o preciosismo nas jogadas e a displicência de Rodrigo Mendes e Claudio Pitbull impediram que o placar se dilatasse.
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Grêmio
2
X
0
Cienciano
Local
Estádio: Olímpico (Porto
Alegre, RS).
Público
15.407 pessoas
Renda
R$ 87.904,00
Juiz
Carlos Amarilla (Paraguai)
Gols
Fábio Baiano 11
do primeiro tempo; Rodrigo Mendes 21 do segundo.
Danrlei, Anderson Polga,
Mauro Galvão e Róger; Anderson Lima, Fernando, Fábio
Baiano, Tinga e Gilberto; Claudio (Rodrigo Fabri 82) e Rodrigo Mendes. Técnico:
Tite.
Cienciano
Mendoza, Charun, Maldonado e Martin
García; Moran, Cuahantico, Ortega (Garrafa 75), Olveira e Molina;
Hernández (Zapata 77) e Carty (Julio García 77). Técnico:
Carlos Jurado.