São Paulo - Carlos Pracidelli diz que não convoca os goleiros que vão à Seleção. Mas segundo ele, se Fábio Costa for chamado, será merecidamente. O treinador de goleiros de Luiz Felipe Scolari acha que o pupilo pode ter uma chance antes da Copa.
"Eu venho dizendo que o Fábio merece a convocação. Mas eu não escolho os goleiros. Isso é responsabilidade exclusiva do Scolari", afirma Pracidelli, que costuma conversar com Felipão antes das convocações serem decididas.
Responsável pela formação de Marcos, titular da Seleção, Pracidelli quer fazer Fábio trilhar o mesmo caminho, mas pelas próprias forças. "Mas se isso acontecer, não será por minha causa, mas única e exclusivamente por mérito dele. O Fábio Costa pode ser um novo Marcos".
Tomara que isso aconteça – torce Pracidelli, que pode colocar mais um goleiro com a camisa amarelinha.
Um dos mais regulares jogadores do time de Celso Roth, Fábio Costa fica lisonjeado com os elogios. Mas não quer tornar isso uma obsessão.
"Qualquer elogio é importante. Vindo de uma pessoa como o Pracidelli, que conhece a posição, me envaidece mais ainda. Mas minha prioridade atual é o Santos. Esta é a realidade que tenho no momento. Se a Seleção aparecer na minha vida no ano da Copa, será muito bom", celebra o titular absoluto do gol santista.
Procurando se controlar, Fábio está tentando se manter longe de confusões. Ele quer afastar a imagem de jogador problemático, depois de tantos conflitos em que se envolveu na temporada passada.
"Seleção é conseqüência do clube. Se mantiver um bom nível jogando pelo Santos, minhas chances de ser convocado aumentam. Mas não vou mudar minha maneira de ser para atingir esse objetivo", analisa, afirmando que vai continuar cobrando os companheiros.
Aos 24 anos, o camisa 1 santista calcula já ter sido convocado cerca de 70 vezes para seleções nas categorias de base. Como profissional, ele foi lembrado para o fiasco da Copa das Confederações, em 2001.