Rio - A situação podia não ser tão dramática, mas Júlio César fez um desabafo parecido com aquele de depois da última vitória do Flamengo. Na ocasião, o 2 a 1 sobre o Palmeiras evitou o rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
Criado nas divisões de base do clube, o goleiro sente muito os momentos difíceis da equipe e admite um certo sentimento de vergonha quando as coisas não vão bem.
“Acabou a angústia. Agora podemos sair de casa. Estava me sentindo um prisioneiro, sem poder andar calmamente pelas ruas”, afirmou, para depois tentar desmitificar a idéia de que sofre mais que seus companheiros nas horas ruins.
“Tem que parar com isso. Quando saio chorando, às vezes, outro que não está tendo essa reação está sofrendo tanto quanto eu. Todo mundo queria esta vitória como eu.”
Calma era uma coisa que estava faltando no cotidiano de Juninho. Sem conseguir repetir as atuações da época do Vasco, o meia vinha sendo vaiado pelos torcedores. Nesta quarta, chegou a redenção. Muita luta, uma bela atuação e dois gols. Resultado: aplausos entusiasmados da torcida. “A galera até vinha dando apoio apesar dos resultados ruins. Não é por nada não, mas eles estão sendo muito bons para nosso time”, retribuiu, abrindo caminho para o reinício da lua-de-mel.
O jogador espera agora que os bons resultados venham em seqüência. Ele ressaltou que não adianta parar nesta primeira vitória. “Fizemos o mais difícil que foi ganhar a primeira. Mas temos que vencer as próximas para conseguirmos alcançar nossos objetivos.”