Rio - Um time quase perfeito. Esse é o Corinthians neste início de ano, pelo menos no que diz respeito à campanha. Nos 11 jogos que o Timão realizou em 2002 (contando o amistoso contra o Taubaté), foram oito vitórias, dois empates e uma derrota, o que dá um aproveitamento de 78%. É o melhor começo de temporada do clube desde 1986, quando nos 11 primeiros jogos, sob o comando de Rubens Minelli, teve as mesmas oito vitórias, dois empates e uma derrota, mas um aproveitamento de 81% com a vitória ainda valendo dois pontos.
“Ainda estamos na metade do caminho para acertar o time. Mas realmente estamos em um bom caminho”, diz o técnico Carlos Alberto Parreira, que do banco de reservas corintiano acompanhou seu time perder apenas para o Santos, 1 a 0, pelo Torneio Rio-São Paulo.
E os 78% de aproveitamento mostra uma evolução grande com relação aos últimos inícios de temporada do Corinthians, sempre tumultuados. Em 2001, por exemplo, o Timão havia conquistado apenas 30% dos pontos nos 11 primeiros jogos e em 2000, apesar do título mundial da Fifa, 45%. Para o zagueiro Scheidt, o segredo da arrancada nesse início é a manutenção da base do time do ano passado.
“Teve poucas mudanças em relação ao plantel do ano passado e isso vem ajudando bastante nesse início de trabalho com o Parreira”, afirma o jogador. Ele ressalta também a união do grupo e não acredita que a pré-temporada realizada em Serra Negra tenha influência no bom futebol apresentado até agora.
“Fizemos uma ótima pré-temporada, mas não acho que esse seja o segredo desse bom início. Para falar a verdade, tivemos que treinar até na chuva alguns dias e isso atrapalhou. O segredo está na união do grupo”, analisa.
O atacante Deivid acredita que o grupo, principalmente jogadores que acabaram de ser promovidos ao time titular, não podem se acomodar com o início arrasador. “Temos que tentar melhorar sempre”, acredita Deivid.