São Paulo – Depois de vencer duas partidas seguidas (Once Caldas e Corinthians), o Flamengo só empatou com o Olímpia (Paraguai) por 0 a 0, no Maracanã, no Rio, e se complicou na Copa Libertadores. O time carioca está com quatro pontos, na segunda posição, mas precisa vencer os dois jogos fora de casa antes do fim da primeira fase: contra o próprio time paraguaio e o o Universidad Catolica (Chile).

O técnico João Carlos, que ganhou uma sobrevida após a vitória em cima do Corinthians, volta a ficar com o emprego ameaçado.

A partida foi de baixo nível técnico, principalmente no primeiro tempo. Sem o ímpeto da vitória apresentada nos jogos anteriores, contra Once Caldas e Corinthians, o Flamengo dominava o jogo, mas concluía pouco a gol - e quando concluía, o fazia mal.

Aos 2 minutos, Felipe Mello arriscou de fora da área, por cima do gol. Aos 7, em chute de Ânderson, a bola bateu na zaga e foi pela linha de fundo. Uma das poucas chances do Olímpia foi desperdiçada por Báez que, sozinho na área, cabeceou para fora, aos 6.

Parecia que o Olímpia facilitaria o trabalho da equipe rubro-negra, que precisava da vitória para seguir com chances de classificação à segunda fase da Copa Libertadores, quando o zagueiro Zelaya foi expulso, aos 10 minutos, por ter atingido o tornozelo de Andrezinho.

O Flamengo, entretanto, nem teve tempo de aproveitar a vantagem numérica, pois aos 11, parte da iluminação elétrica pifou e o jogo ficou paralisado por 13 minutos.

Quando a energia voltou, as duas equipes estavam mais frias. O Olímpia concentrava-se na defesa e o Flamengo tocava a bola no meio-campo. Nas poucas jogadas de ataque, aos 22, Felipe Mello - o único que se destacou no jogo - tocou para Juninho, que mandou pela linha de fundo. Aos 35, Felipe chutou forte, pela linha de fundo.

A última chance de o Flamengo ir para o segundo tempo com vantagem esvaiu-se aos 44, quando, em cobrança de falta, Juninho chutou por cima do gol. Neste período, o goleiro Júlio César fez apenas uma defesa: aos 34, em chute de Benítez.

O técnico do Flamengo, João Carlos, fez uma modificação no fim do primeiro tempo, colocando o atacante Roma no lugar de Rocha. A tentativa era tornar o time mais objetivo na área, mas quem comandava o time rubro-negro em campo ainda era Felipe Mello.

De saída, aos 2, obrigou o goleiro Tavarelli a fazer uma boa defesa. Aos 6, passou pela intermediária e tocou para Leandro Machado, que chutou para fora.

Com a falta de objetividade do Flamengo, o Olímpia passou a arriscar mais no ataque. Aos 9, Osterman cabeceou para fora; aos 10, Maurinho cortou um lançamento de Báez para Osterman.

E mesmo com a preocupação defensiva - o técnico trocou o armador Benítez pelo volante Quintana - o time paraguaio continuou a assustar a defesa rubro-negra. Aos 32, Maurinho falhou na entrada da área e, por pouco, Quintana não abriu o placar para os paraguaios.

N mesmo minuto aconteceu algo inusitado, que comprova a desorganização do Flamengo. O técnico João Carlos queria substituir Andrezinho, que é número 19, mas alguém do clube errou e pediu a saída de Leandro Machado, que usa a camisa 9. O treinador ficou desesperado, mas não conseguiu consertar a lambança. Edmílson entrou em campo.

O time carioca cada vez assustava menos. Realizando a última partida da primeira fase da Copa Libertadores em casa (os próximos dois compromissos serão fora), o time tocava muito a bola e não conseguia ultrapassar a barreira montada pelo Olímpia. Na mais perigosa jogada da etapa final, aos 26, Juninho chutou para boa defesa de Tavarelli, após falha de Cáceres.