São Paulo - A mesma Campinas que, em 1981, parou para ver seus dois times de futebol decidirem o primeiro turno do Paulistão, hoje faz as contas para se ver livre do fantasma do rebaixamento no Torneio Rio-São Paulo 2002.
Após a rodada do último final de semana, Ponte Preta e Guarani tornaram-se os dois piores clubes paulistas do torneio regional e, agora, travam um duelo particular para evitar o descenso na competição.
Faltando apenas três rodadas para o término do Rio-SP, a Ponte terá pela frente Bangu e Palmeiras. Já o Guarani, Palmeiras e Botafogo. Para apimentar a disputa, na penúltima rodada, em 6 de abril, ambos se encontrarão no dérbi da cidade, no Brinco de Ouro. Clássico que poderá definir a degola entre os rivais.
"Sabemos da responsabilidade que teremos daqui para frente. Ela já é grande agora e será ainda maior no dérbi. É o clássico da cidade e a torcida exige sempre a vitória", disse o técnico da Ponte Preta, Oswaldo Alvarez, que, além do perigo de rebaixamento, no dérbi lutará contra um tabu de 15 anos sem vitórias do clube sobre o Bugre.
"Temos que estar preocupados com rebaixamento, sim. Não adianta descartar essa hipótese. Infelizmente, o regulamento do campeonato é injusto e podemos cair, mesmo tendo muito mais pontos que alguns times do Rio. Agora, só nos resta pensar em vencer os próximos jogos", prega o goleiro bugrino César.
A 12 dias de sua realização, o dérbi já mexe com a vida de Campinas. Melhor seria se estivesse valendo uma vaga às semifinais do Torneio Rio-São Paulo...