São Paulo - A decisão da Ferrari de usar seu novo carro no Brasil foi apressada quando ficou claro que a Williams representa uma real ameaça à liderança da equipe italiana, disse nesta quinta-feira o piloto Michael Schumacher.

O campeão mundial de Fórmula 1, em entrevista à imprensa em Interlagos, disse que acredita que a Williams seja a principal rival da Ferrari nesta temporada, principalmente depois da dobradinha do Grande Prêmio da Malásia.

Schumacher será responsável pela estréia do novo F2002 domingo. O carro não saiu da garagem nas duas primeiras corridas por causa das preocupações com relação à sua confiabilidade.

O companheiro de Shumacher, o brasileiro Rubens Barrichello, vai continuar usando a já bem testada F2001.

"Eu acho que é muito simples, se tivéssemos sido mais rápidos na Malásia então teríamos vindo para cá com os três carros velhos", disse Schumacher. "Claro que estaríamos muito mais felizes com os três carros novos, mas isso ainda não foi possível".

Schumacher venceu a corrida de abertura da temporada, na Austrália, com o velho F2001.

No GP seguinte, na Malásia, o alemão conseguiu a pole position, mas chegou em terceiro, depois de ter colidido com a Williams do colombiano Juan Pablo Montoya já na primeira curva.

Com o acidente, o Shumacher caçula, Ralf, correu livre até completar em primeiro lugar a prova, seguido por Montoya.

A McLaren, principal rival da Ferrari na última temporada, não conseguiu terminar a corrida em Sepang, e o inglês David Coulthard ainda não marcou pontos nesta temporada.

O GP de Brasil foi muito favorável ao motor BMW da Williams ano passado. A equipe foi mais rápida e Montoya liderou mais de metade da prova, antes de bater contra o carro de Jos Verstappen. A McLaren de Coulthard foi a vencedora em 2001.

Schumacher, que subiu no podium em 14 das últimas 17 corridas, poderá conseguir voltar a estar em os três primeiros pela centésima vez em sua careira neste fim de semana.

O piloto alemão já venceu o GP do Brasil três vezes e tem 54 vitórias em seu histórico na Fórmula 1.

Reuters