Rio - Aos 47 minutos do segundo tempo, Ratinho lançou Róbson, que cruzou para Gil Bala escorar e garantir a primeira vitória do América no Rio-São Paulo.
Gil não despertou de um sonho feliz, tampouco pregou uma peça no Dia da Mentira. Ele apenas relembrou algo que estará na memória por muito tempo: o gol sobre o Botafogo.
“Ainda não acredito que fiz aquele gol. Só agora estou sendo capaz de ver o que isto gerou”, disse o atacante, dividido em atender os telefonemas e em rever o gol pela televisão.
“É uma sensação muito gostosa. Agradeço muito a Deus por isso. Foi uma grande emoção ter marcado na Páscoa, dia da ressurreição de Jesus. E do América”, diz Gil, que é cristão.
Acompanhado do técnico Renê Weber, Gil Bala visitou nesta segunda-feira, pela primeira vez, a sala de troféus do clube, na sede da Rua Campos Sales.
“Nossa!”, espantou-se. “Não sabia que era tão grande. Só prova a grandeza do clube”, deslumbrou-se.
Renê Weber, no entanto, não se impressionou com a sala. O técnico já conhecia a história do clube, pois defendera o América em 87 e 93. Após a grande estréia, ele diz que há chances de se livrar do descenso.
“Precisamos de mais duas vitórias, contra Etti Jundiaí e Portuguesa. É difícil mantermos o ritmo, mas procurei levantar o moral dos jogadores quando cheguei. Eles poderiam até ficar em último, mas não da forma como estavam. Só os fiz acreditar”, revelou o treinador, que deseja realizar um trabalho a longo prazo.
“Se me propusessem ficar pelos três jogos restantes, estaria fora. Mas topei porque farei um trabalho para o segundo turno do Estadual e para a Série C. Até porque não se pode julgar um trabalho em três jogos.”