Rio - Os bons resultados da equipe brasileira no 6º Campeonato Mundial em piscina curta, que terminou há uma semana em Moscou, não devem servir como parâmetro de cobrança e esperança para as Olimpíadas de Atenas, em 2004.
Pelo menos é o que pensa Gustavo Borges, veterano de 29 anos, que voltou da Rússia com o melhor resultado da delegação canarinho, a medalha de prata nos 200m livre. O outro triunfo veio com o catarinense Eduardo Fischer, que conquistou o bronze na prova dos 50m peito.
"Não dá para achar que vamos chegar em Atenas e ganhar medalhas porque conseguimos isso em Moscou. É completamente diferente e muito mais difícil", disse Borges, que neste sábado esteve no complexo de piscinas do Ibirapuera prestigiando a etapa paulista do troféu que leva seu nome, o maior evento do país para atletas não-federados.
Sobre Olimpíadas, inclusive, Gustavo nem quer falar muito, ainda. O nadador diz que prefere se concentrar nos próximos compromissos para, apenas depois, avaliar suas condições de disputar, ou não, mais uma edição dos Jogos.
"Primeiro eu quero chegar bem ao Pan-Americano (em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003), depois eu quero chegar até o final de 2003, analisar o ranking mundial, ver como eu estou, como está minha preparação e minha cabeça. Eu tenho traçado até 2004 de estar treinando em alto nível e competindo, mas vai depender de uma série de fatores para eu disputar mais uma Olimpíada. Tenho que estar preparado para ter condições de disputar pelo menos uma final, senão nem vale a pena ir", concluiu.