Roberto Jorge Calil vive sozinho com sua filha Flávia há quatro anos. Ele é separado da mãe da menina e brigou na Justiça para ter sua guarda. Sem babá, ele assume todas as tarefas: da alimentação às idas ao médico ou às reuniões da escola.Empresário, Calil tem um horário flexível que o ajuda a ter tempo para dedicar-se à filha. "Acordo, dou café, levo para a escola", conta. "Sou daqueles pais participativos, gosto de brincar, sempre tive muita paciência", completa. A sua dedicação à Flávia incluiu a participação na associação de mães do seu prédio. "Eram doze mães e eu", fala, orgulhoso.
Para o empresário, assim como as mulheres conseguiram sua emancipação, ocupando espaços no mercado de trabalho, os homens também venceram, mas no campo pessoal, criando possibilidades para aproximar-se dos filhos, com uma relação de carinho e participando efetivamente da vida das crianças.
Calil diz que tem prazer em cuidar da filha e que sempre teve afinidade com crianças. Faz o tipo que larga o paletó no pátio do prédio para brincar com as crianças. "Quando Flávia era pequena eu a levava ao aeroporto porque ela adorava ver aviões. Eu ia com ela e carregava a bolsa com as fraldas."