As guerrilhas que dominam
a Colômbia
Desde a década de 80,
as florestas colombianas estavam coalhadas de guerrilheiros
que pregavam a revolução socialista. Até
entrarem no negócio das drogas, eles não assustavam
ninguém. Com o dinheiro da cocaína e da heroína,
eles se equiparam e se expandiram.
As Farcs - Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia - e o ELN - Exército de Libertação
Nacional - são os mais representativos grupos guerrilheiros.
Seguindo a filosofia marxista, os rebeldes possuem uma lista
de reivindicações sociais, que vai de uma reforma
agrária integral a um plano político de mudanças
que reúne problemas como desemprego, moradia e saúde
pública e são, em grande parte, financiados
por narcotraficantes.
Estima-se que existam na Colômbia cerca de 30.000 narcoguerrilheiros
fortemente armados. O que começou como uma questão
policial acabou em conflagração. Há dois
anos, o governo tenta, sem sucesso, dialogar com os narcoguerrilheiros.
Para combater as crescentes forças revolucionárias,
surgiram nos anos 80 os paramilitares de extrema direita (AUC),
armados e treinados pelas Forças Armadas Colombianas
para combater a guerrilha marxista. No início, eram
grupos privados de autodefesa, que apenas protegiam fazendeiros
ameaçados de sequestro pelos rebeldes. Hoje, são
vistos como uma quadrilha armada que massacra camponeses suspeitos
de apoiar a ideologia das Farc.
Só na Colômbia ocorrem casos como o do engenheiro
Alfonso Manrique Van Damme, que esteve seqüestrado entre
1995 e 1997 pelas Farcs. Depois de ser trocado 23 vezes de
cativeiro, tentou fugir uma vez e foi recapturado. Liberado
após o pagamento do resgate, o engenheiro descobriu
que um sobrinho seu de 15 anos passara quatro meses em cativeiro
enquanto ele estava seqüestrado. Logo depois, um primo
foi seqüestrado e ficou quase dois anos em cativeiro.
Cinco empregados de seu escritório de engenharia foram
seqüestrados nos últimos quatro anos.
Redação Terra
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