Colômbia e Farc negociam acordo humanitário
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O histórico abraço entre o líder guerrilheiro e o presidente da Colômbia (AP)
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O governo colombiano intensificou em 2001 as negociações com as Farc por um processo de paz. No dia 9 de fevereiro, o presidente Andrés Pastrana e o líder guerrilheiro das Farc, Manuel "Tiro Certo" Marulanda, concordaram com um "intercâmbio humanitário". O acordo negociou a libertação de reféns - militares doentes - em troca da libertação de guerrilheiros presos que também estão com a saúde ameaçada. O acordo baseia-se na lei 418 de Ordem Pública, que garante o direito de uma pessoa enferma de receber os cuidados médicos que necessita.
Principais pontos do acordo:
1- Governo e as Farc ratificam sua vontade de continuar o processo de paz que busca a solução do conflito por meio do diálogo e da negociação, buscando construir uma Colômbia em desenvolvimento e com plena justiça social
2- Governo e as Farcs concordam sobre a importância de avançar nas discussões sobre os mecanismos para acabar com o paramilitarismo e diminuir a intensidade dos conflitos. Para tal efeito, a Mesa de Diálogos e Negociações criará uma comissão de personalidades nacionais que formule recomendações nessas direções
3- As Farc reativam o funcionamento da Mesa de diálogos.
4- Será agilizada a concretização do acordo humanitário que permite libertação de soldados, policiais e guerrilheiros que estejam doentes.
5- As zonas de distensão foram estabelecidas exclusivamente para o desenvolvimento do processo de paz, com plena garantia de segurança para ambas as partes. A Mesa Nacional de Diálogos e Negociações criará um mecanismo que avaliará periodicamente o andamento da proposta nessas zonas.
6- As Farc não se opõem aos projetos de erradicação manual e substituição de cultivos ilícitos, mas reiteram que um processo deve acontecer em comum acordo com as comunidades. Governo Nacional e Farc concordam na importância estratégica de trabalhar na proteção e recuperação do meio ambiente.
7- A Mesa Nacional de Diálogo e Negociação poderá ser ampliada em comum acordo e se reunirá pelo menos três vezes por semana.
8- Convocamos a todos os colombianos a participar do esforço comum para que possamos levar a superação deste conflito.
Redação Terra/Terra Colômbia
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