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Torres de luz devem confortar nova-iorquinos por um mês

Segunda-feira, 11 de março de 2002

Guto Barra/Direto de NY
Desenho mostra como serão as torres de luz

Guto Barra/Direto de Nova York

Os nova-iorquinos ganham uma nova dose de conforto nesta segunda-feira, data que marca os seis meses dos atentados terroristas de 11 de setembro. O Tribute in Light vai reproduzir, durante 32 dias, as torres que caíram na região do sul de Manhattan, um projeto criado por um grupo de artistas e arquitetos para levantar a moral da cidade.

As duas torres virtuais, instaladas em um terreno um pouco ao sul do Ground Zero, vão ser formadas por dois grupos de 44 lâmpadas especiais, desenvolvidas pela General Electric, que projetam a luz em apenas uma direção. O monumento vai poder ser visto de várias regiões de Manhattan e também do Brooklyn, do Queens, de Staten Island e de New Jersey.

De acordo com os representantes do Municipal Arts Society, que está coordenando o projeto, dependendo das condições meteorológicas, as torres de luz poderão ser vistas a uma distância de 30 quilômetros - e até do espaço (daí o nome do sistema, SpaceCan). Cada feixe de luz tem cerca de 50 centímetros de diâmetro e potência de 7.000 watts.

A lâmpada é uma versão gigantesca das usadas nos antigos projetores de cinema, com as partes principais feitas de quartzo. Os únicos testes feitos com a iluminação foram no deserto de Nevada, próximo a Las Vegas.

O valor total do memorial não foi divulgado oficialmente, mas, conforme os organizadores, ficaria em torno de US$ 500 mil. Cada lâmpada custa cerca de US$ 1 mil. Algumas delas foram usadas nas Olimpíadas de Inverno, em Salt Lake City, em fevereiro. Os técnicos envolvidos na empreitada já iluminaram monumentos como a Estátua da Liberdade e a árvore de Natal da Casa Branca.

Como todos os projetos públicos de Nova York, o Tribute in Light não poderia ter nascido sem uma boa dose de controvérsia. Para acabar com as críticas, o Municipal Arts Society fez questão de reforçar que todos os recursos usados vieram da iniciativa privada e que a energia usada para acender as luzes está sendo doada pela companhia de energia elétrica Con Edison. Nenhuma instalação adicional teve de ser feita para a conexão das lâmpadas e não há geradores de energia que poderiam poluir o ar.

Grupos ecológicos também levantaram a possibilidade de que os pássaros que estão em migração ficariam "confusos e estressados" com o excesso de luz. Para evitar o problema, o monumento vai ser apagado todos os dias, às 23 horas - horário de pico da migração. Câmeras de vídeo estarão monitorando o movimento das aves e as luzes poderão ser apagadas por alguns minutos, caso haja algum problema.

Os responsáveis pelo tráfego aéreo da cidade estão trabalhando para garantir que a luz não atrapalhe pilotos de aviões que sobrevoarem a região. O FBI também teria feito uma análise sobre o potencial das torres como um novo alvo para ataques terroristas, mas acabou considerando o projeto seguro. As torres poderão ser vistas até o dia 12 de abril.

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