O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação da morte do prefeito petista Celso Daniel, chegou à conclusão que ele foi vítima de um crime comum, cometido por seqüestradores.
O caso de Celso Daniel foi atribuído a uma quadrilha da favela Pantanal, na zona sul da capital paulista. O seqüestrador José Edson da Silva, de 27 anos, preso em 28 de março na Bahia por roubo de carro, confirmou à polícia que mandou matar o prefeito pois ele olhou para o seu rosto.
Edson, que ordenou o menor L.S.N, o Lalo, de 17 anos, disparar contra o político, afirmou que temia ser reconhecido posteriormente. Ainda segundo Edson, Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, o líder do bando, teria lhe pedido para dar um "sumiço" em Celso Daniel, assim que soube que se tratava de um prefeito. Ivan está foragido.
O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT), escolhido pelo partido para acompanhar as investigações do caso, confirmou que Celso Daniel teria visto o rosto de Edson durante uma troca de carro, na favela Pantanal, zona sul de São Paulo, na noite em que foi seqüestrado.
O adolescente Lalo, que foi preso no dia 6 de março na Favela Pantanal, confessou à polícia que atirou no prefeito a pedido do comparsa José Edson da Silva. Segundo Lalo, a quadrilha levou Celso Daniel da favela Pantanal para uma estrada de terra em Juquitiba, na Grande São Paulo, assim que soube que ele era o prefeito de Santo André. "Desce e mata!", seria a ordem dada por Edson a Alex.
O adolescente contou que tirou o político do porta-malas, com os olhos vendados por um gorro alaranjado, e disparou dois tiros. Disse ainda que, depois que Celso Daniel caiu no chão, teria dado mais cinco tiros.
Dos 14 suspeitos de envolvimento no seqüestro e morte do prefeito, cinco estão foragidos. Os bandidos não sabiam quem estavam atacando, por isso o DHPP descartou a motivação política para os delitos e encerrou o caso.