Na manhã do dia 20 de janeiro de 2001, o corpo do prefeito de de Santo André, Celso Daniel (PT), foi encontrado em uma estrada próxima da Rodovia Régis Bittencourt, na Grande São Paulo. O mistério em torno do paradeiro de Daniel, seqüestrado dois dias antes, chegava ao fim para dar lugar a novas dúvidas - as circunstâncias da morte do petista. A ausência de contato dos seqüestradores com a famÃlia de Daniel, as ameaças de morte recebidas por diversos prefeitos do PT desde setembro de 2001, os indÃcios de execução - morte por oito tiros, três na cabeça, rosto voltado para baixo - ajudam a fomentar especulações sobre possÃveis motivações polÃticas do crime.
De acordo com o legista do Instituto Médico Legal, Carlos Delmonte, Celso Daniel foi assassinado com disparos que partiram de uma pistola 9 milÃmetros.
Como foi o crime
Sexta-feira, 18/01/2002
20h - O prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), e o empresário Sérgio Gomes da Silva chegam a uma churrascaria na Alameda Santos, zona sul de São Paulo, na Pajero Sport blindada de Gomes.
Por volta das 22h45 - Os dois deixam a churrascaria na caminhonete, pela avenida Paulista, com destino a Santo André. O veÃculo percorre algumas ruas paralelas.
Por volta das 23h30 - Na Avenida Professor Abraão de Moraes, provavelmente, a Pajero começa a ser perseguida por três carros - um Tempra, um Santana e uma Blazer. Tiros são disparados contra a Pajero e, na rua Antônio Bezerra, seis homens armados retiram Celso Daniel do carro. Os bandidos partem com Daniel em direção à rodovia Anchieta.
Sábado, 19/01/2002
Por volta das 22h - O prefeito teria sido executado com oito disparos, três deles no rosto, com uma pistola de 9mm. A calça de Celso Daniel teria sido trocada - não era a mesma que vestia quando foi seqüestrado. A polÃcia trabalha com essa hipótese, mas ainda não confirmou as informações.