Os líderes do PT do Estado de São Paulo vivem um clima de terror e medo desde novembro de 2001. Naquele mês, cerca de 15 prefeitos petistas receberam uma carta com ameaças de uma organização autodenominada Farb - Frente de Ação Revolucionária Brasileira. Neste documento, o grupo assume a autoria do assassinato do prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, morto a tiros no dia 10 de setembro de 2001. Leia a íntegra do texto do site da FARB
(foi mantida a grafia original).
Um artigo publicado no site do diretório nacional do PT afirma que a carta, postada em Ribeirão Preto, tem diversos erros de português. No comunicado, a Farb diz que a redação "está sujeita a erros gramaticais, pois não somos peritos na língua portuguesa". O texto informa ainda que o grupo surgiu em 1998, na Grande São Paulo, e que sua cúpula estaria localizada em Santo André. O grupo teria, atualmente, cerca de 50 membros. O objetivo da organização, além de "lutar por um Estado justo e sem desigualdades", seria matar "políticos ligados à esquerda que estão se aproximando de partidos de centro-direita".
A carta teria ainda uma lista com prefeitos do PT no Estado que estariam na mira da Farb. O primeiro da lista é Airton Luiz Montanher, de Ribeirão Corrente, que sofreu uma tentativa de seqüestro na noite de 11 de novembro do ano passado. Além dele, outros seis membros do PT paulista sofreram atentados desde então. A organização não chegou a reivindicar o seqüestro e assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorridos no sábado, 19 de janeiro. O Ministério Público Estadual e a Polícia Civil investigam a autoria das cartas, mas até hoje nada foi divulgado sobre o assunto.