Diferentemente do que acontece com as igrejas evangélicas pentecostais ou neo-pentecostais, entre os luteranos, a maioria em Arroio do Padre, o consumo de álcool é tolerado. Em uma cidade de origem germânica, apesar da vida social girar ao redor de eventos religiosos, não pode faltar a cerveja. "Casamento sem bebida alcoólica não é casamento, ninguém vai", brincam os moradores.
O pastor da igreja Luterana da comunidade São Paulo, Aroldo Agner, 41 anos, que curiosamente vive próximo à estrada que conduz ao Morro do Inferno (local conhecido por geologia e exótica vegetação), diz que o consumo
"moderado" de álcool faz parte da cultura de uma população de origem germânica e tirar isso deles, é como proibir o chimarrão gaúcho.
"Outro dia estava conversando com um gaúcho que gosta de seu chimarrão e disse que se fossemos proibir o germânico de tomar a sua cerveja no final de semana, seria a mesma coisa de proibir o gaúcho de tomar o seu chimarrão. Faz parte da cultura (...) não vejo nenhum problema nisso", diz. "Quando a pessoa bebe de forma civilizada, não causa problema para ele, para o seu próximo e muito menos para Deus", completa o pastor.