Ele conta que, no Brasil, a perseguição foi grande contra os europeus que mantinham a cultura de seus antepassados, durante a Segunda-Guerra. "Meus avós foram presos por isso", diz relatando que até igrejas foram queimadas por esse motivo. "Minha avó, por exemplo, falava muito pomerano e alemão, já a minha mãe e meu pai não falavam tanto. Isso aconteceu bem na época em que eles nasceram e foram obrigados a já sair falando o português. Eu aprendi o que eu sei de pomerano e alemão com a minha avó, então a tendência é que com os nossos filhos seja muito pior ainda", prevê.
O pastor da Igreja Luterana da comunidade de São Paulo, Aroldo Agner, que veio de uma comunidade
pomerana do Espírito Santo, diz que os luteranos estão trabalhando para traduzir a bíblia para o dialeto. "A Sociedade Bíblica do Brasil está trabalhando para que em pouco tempo o Novo Testamento esteja à disposição. Eles estão traduzindo e tentando colocar no papel porque não é uma língua escrita", disse.
Agner afirma que os cultos são celebrados em português e pomerano para facilitar a compreensão para os mais velhos. "A maior parte dos cultos são celebrados em português, mas na mensagem que a gente transmite durante o culto, em um ou outro momento, tentamos inserir frases ou períodos mais curtos (em pomerano) porque têm muitos vovôs e vovós que tem dificuldade para acompanhar o português".