O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ganhou destaque internacional depois que foi preso e obrigado a deixar o país rumo à Costa Rica, no dia 28 de junho. O governo de Zelaya enfrentava uma crise desde que ele tentou estabelecer uma consulta popular sobre a reeleição no próximo pleito do país, que será realizado no dia 29 de novembro, com o objetivo de mudar a Constituição para ter a oportunidade de permanecer no cargo.
Após o golpe, o líder foi obrigado a deixar o poder e substituído pelo presidente do Congresso, Roberto Michelletti, que teve apoio de setores conservadores. O ato foi imediatamente condenado pelas Nações Unidas (ONU) e pela comunidade internacional, liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Zelaya havia assumido a presidência em 27 de janeiro de 2006 sob a promessa de derrotar a pobreza e o tráfico de drogas no país. Antes de chegar ao governo, ele era empresário e fazendeiro. Zelaya foi eleito pelo direitista Partido Liberal, mas, ao longo do mandato, deu uma guinada à esquerda que culminou com a adesão do país à Aliança Bolivariana das Américas (Alba), modelo de integração regional liderado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.