Somente entre janeiro e setembro de 1969, o grupo de Lamarca empreendeu cerca de 20 “expropriações”. Foi em maio desse ano que Lamarca acertou, a 30 m de distância, um tiro na cabeça de um guarda, durante assalto simultâneo a dois bancos no centro de São Paulo. Famoso pela pontaria e ganhando cartazes de “procura-se”, ele faz cirurgia para reduzir o nariz e se refugia no Vale do Ribeira, em São Paulo, onde começa a se aproximar de Iara Iavelberg, sua futura amante. Delatados no fim de abril, Lamarca e outros seis companheiros são cercados na mata por cerca de 1,5 mil homens das forças de segurança. Em confronto, o grupo fere e aprisiona alguns militares, que são trocados pelo comandante da tropa, o tenente Alberto Mendes Júnior, então com 23 anos. Dois guerrilheiros se perdem após outro comboio, e o grupo decide matar o tenente. Para não alertar os inimigos, Yoshitane Fujimori, companheiro de Lamarca, mata Mendes Júnior a coronhadas. Com 41 dias de cerco, o grupo consegue fugir após render soldados em um caminhão do Exército.
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