E sua entrada para a política, como ocorreu?
Eu tenho hoje mais de cem clientes políticos, nacionais e internacionais. E toda vez que um político vem se consultar comigo, eu aproveito e falo sobre as mazelas do povo. Lembro eles de porque eles foram eleitos, que é impressionante como eles esquecem disso e pensam só no seu lado pessoal, na próxima eleição. Eu previ o escândalo da Assembleia (atos secretos e contratação de funcionários fantasmas, que levou, em abril, quatro ex-diretores à prisão) no final do ano passado. Vi muita roubalheira, vi que quem estava mandando no dinheiro do Estado estava dentro da Assembleia e nem deputado era. Comprei a briga dos caça-fantasmas (movimento que pedia o afastamento dos responsáveis) porque vi a necessidade de renovação. Foi assim que comecei a pensar na possibilidade de eu ser o candidato, mesmo não tendo a estrutura que eles têm. Fui convidado pelo Rubens Bueno (presidente estadual do PPS), que nem é meu cliente, e entrei no PPS para disputar essa eleição, pela primeira vez.
Você diz que fez trabalhos até para a eleição do Barack Obama. Como foi?
Tenho clientes em 107 países. São brasileiros que foram para fora, mas mantém o contato. E alguns dos meus clientes são ligados à política lá dos Estados Unidos e colocaram uma pessoa da campanha do Obama em contato comigo. Essa pessoa também faz trabalhos espirituais e pediu o meu apoio. Então, mesmo ele sendo evangélico, fui passando algumas mensagens, algumas orientações e criamos uma energia muito forte, que ele soube absorver, por ser um homem de mente aberta, muito inteligente, determinado. E acabou dando muito certo. Quando você emana energia, não importa onde a pessoa vai estar. Quanto mais gente manda energia positiva, tem mais chance de dar certo. Assim como se tem muita gente mandando energia negativa, também vai dar certo. A gente fez o trabalho espiritual mesmo sem conhecer o Obama pessoalmente usando um boneco de vela, e outras ferramentas da magia. Faço parte de uma união de 700 bruxos no mundo e nós nos comunicamos. Quando há um trabalho muito forte a ser feito, vários de nós fazemos juntos, cada um em seu local.