Candidata, Salete Campari diz que irá à Assembleia vestida de drag se for eleita

Então você conseguiu o que queria?

Consegui! O objetivo era montar dentro do partido o movimento LGBT. Só que eu tenho que deixar claro que dentro do PDT eu abri portas maravilhosas. A comunidade LGBT do PT é forte e me fez um convite para estar com eles no PT. Fui para o PT porque no partido eu me sinto em casa.

O que pretende fazer por São Paulo caso seja eleita deputada estadual? Suas propostas são voltadas somente para o público LGBT?

Todo o mundo me pergunta isso, se minhas propostas são só para o LGBT. Lógico que não. Eu quero, se eleita, fazer o que é melhor para a cidade de São Paulo, o que é melhor para educação. Eu sou um professor. Jamais daria aula com um salário que o professor do Estado recebe. E tem outra coisa: a segurança de São Paulo está terrível. Lógico que o candidato eleito deputado estadual não pode fazer nada sozinho. Ele tem que ter um partido do lado. E graças a Deus o partido que eu estou hoje tem uma representação muito grande. Então, seria muito mais fácil eu ajudar São Paulo em todos os sentidos, na educação e na saúde, principalmente. Mas a minha bandeira lá dentro é fazer com que todas as leis que sejam voltadas à comunidade LGBT tenham mais respeito, sejam vistas, lembradas. Porque eu não conheço nenhum candidato de verdade que diga: ‘eu vou lutar para o gay’. Eu nunca vi ninguém falando: ‘eu vou lutar pelo gay porque eu sou gay’.

Salete Campari, coordenadora do concurso Rainha Gay do Carnaval 2008, coloca faixa na vencedora Taysa. Foto: Reinaldo Marques/Terra

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