Vindo de família de fazendeiros, Manuel Zelaya assumiu o poder em Honduras em janeiro de 2006, após vencer as eleições pelo Partido Liberal, de direita. Durante o mandato, Zelaya deu uma guinada à esquerda e se aproximou dos ideiais bolivarianos de Hugo Chávez. Ao tentar convocar uma consulta popular para estabelecer uma Assembleia Constituinte em Honduras, foi deposto, preso e expulso do país por militares cumprindo ordens dos poderes Legislativo e Judiciário. Após quase três meses exilado, voltou ao país e se abrigou na embaixada brasileira em Tegucigalpa para tentar voltar ao poder. Depois das eleições presidenciais, pediu asilo na República Dominicana.
Roberto Micheletti foi o presidente interino de Honduras durante o impasse com Zelaya. No entanto, seu governo ser considerado golpista pela ONU e OEA. Como presidente do Congresso e com a ausência do vice-presidente, Elvin Ernesto Santos, que renunciou para disputar as próximas eleições, Micheletti assumiu o cargo depois da saída de Manuel Zelaya. Converteu-se no principal inimigo político do líder deposto, apesar de ambos serem do mesmo partido. Antes disso, em duas oportunidades concorreu à indicação de seu partido para disputar a presidência, mas em nenhuma delas conquistou a vaga. Entregou o cargo a Porfírio Lobo, o vencedor das eleições presidenciais.