Basicamente são células que têm a capacidade de se auto-replicar e assim regenerar ou originar tecidos ou órgãos. Quando o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, tem-se o zigoto, a primeira célula. A partir daí, seu material genético se duplica e ela é dividida em duas. Em seguida, as duas se duplicam, gerando quatro, e assim sucessivamente. Estima-se que o ser humano possua algo em torno de um trilhão de células.
Brasil fez 1º implante do mundo
de célula-tronco em paciente com derrame
Nas primeiras semanas de gestação, as células embrionárias são exatamente iguais umas às outras e têm a capacidade de originar órgãos tão diversos quanto o fígado e o coração. Porém, durante o desenvolvimento do embrião, as células-tronco perdem esse potencial e passam a se especializar, deixando de ser fonte de tecidos e exercendo uma função específica, como a contração do músculo do coração, por exemplo.
Ainda assim, algumas células-tronco conservam, em parte, sua capacidade de originar tecidos até a idade adulta. Esse é um dos argumentos daqueles que são contrários à pesquisa com células-tronco embrionárias. Se é possível extrair células-tronco de adultos, por que criar bebês apenas com este objetivo?
Um fator limitante é que as células-tronco adultas não conseguem originar todos os tecidos, mas somente alguns. Porém, ao se retirar a célula tronco de um embrião, necessariamente este deixa de viver. Está aí criado o dilema, principalmente com a igreja, ferrenha opositora a determinadas modalidades de pesquisas científicas, como a clonagem para fins terapêuticos e o justamente o uso de embriões para o desenvolvimento de células tronco.
Apesar de relativamente avançadas no mundo, as pesquisas com células-tronco ainda esbarram na falta de uma legislação definitiva e na oposição da igreja, que, por questões éticas, é a maior opositora desse tipo de pesquisa.
Redação Terra