Na história da humanidade, a tuberculose sempre foi um temido inimigo, matando mais que todas as guerras. No século 19, especificamente, a literatura deu uma conotação romântica à doença, vitimando personagens e escritores, que narravam em verso e prosa a febre, tosse e emagrecimento sintomáticos da doença. A tuberculose bate às portas do século 21 se configurando como um problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 1,7 bilhões de indivíduos em todo o mundo estejam infectados pela doença, correspondendo a 30% da população mundial.
Nos países desenvolvidos, a tuberculose mata cerca de 40.000 pessoas anualmente e mais de 400.000 casos novos são descobertos a cada ano. Nesses países, a tuberculose é mais freqüente entre as pessoas idosas, nas minorias étnicas e imigrantes estrangeiros.
No Brasil, estima-se que 35 a 45 milhões de pessoas estão tuberculosas, com aproximadamente 100 mil casos novos por ano. O número de vítimas da doença é de quatro a cinco mil, anualmente. A rede estadual de saúde de São Paulo recebe, em média, duas notificações por hora de novos casos de tuberculose, totalizando cerca de 19 mil notificações por mês.
Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), quase cinco pessoas morrem todos os dias por conta da doença e, por ano, o número chega a 1.600 vítimas. As principais causas das mortes são diagnóstico tardio e abandono do tratamento.
Fonte: site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária