Unhas roídas podem não ser apenas sinal de falta de vaidade. Levar as mãos à boca até que os cantinhos dos dedos sangrem pode ser um indício de que a pessoa não sabe controlar sua ansiedade corretamente. “Roer unhas não é um ato caracterizado como transtorno psicológico. É um sinal de que existe ansiedade e que a pessoa suprime essa ansiedade roendo as unhas”, diz a psicóloga Luciana Nunes.
Existem outras formas pouco usuais de controle da ansiedade: chutar o vento ou falar ao telefone despedaçando um copinho de plástico são outros exemplos. O segundo é um ato polifásico ao qual a pessoa adere para diminuir o estado de ansiedade.
Roer unhas para diminuir a ansiedade é uma coisa mais rotineira. Não se pode dizer que todo mundo que rói unhas tem algum transtorno. Segundo a psicóloga Luciana Nunes, “roer unhas é um ato compulsivo, embora também possa ser um ato de controle do impulso, que a pessoa sabe que está agindo errado, mas não consegue parar”.
Ato compulsivo é todo movimento que a pessoa sente necessidade de fazer para aliviar um estado de tensão. Pode ser lavar a mão constantemente, colocar tudo em sacos plásticos herméticos, trancar todas as portas. Esses exemplos estão ligados, normalmente, a idéias obsessivas; como o medo. Roer unhas é considerado um ato compulsivo porque é um movimento repetitivo e irracional que a pessoa faz para minimizar estados de ansiedade. A pessoa repete o movimento e não consegue parar quando quer.
Receitas pouco ortodoxas como colocar pimenta nos dedos ou usar esmaltes de sabor desagradável não são medidas eficazes para parar de roer unhas. Em vez disso, a pessoa tem buscar outras formas de diminuir a ansiedade. A prática de exercícios é a mais comum e que costuma dar mais certo.