Durante uma aula ou mesmo numa conversa ao telefone, você se surpreende puxando os próprios cabelos. Pode ser uma simples mania, mas também pode ser que você sofra de tricotilomania, um tipo de Transtorno de Controle dos Impulsos, que é o fracasso em resistir a um impulso de executar um ato perigoso para a própria pessoa ou terceiros. Ou seja, a pessoa tem consciência de que aquela atitude é errada, mas não consegue parar.
“A pessoa que sofre de tricotilomania tem um nível alto de ansiedade e acaba puxando os próprios cabelos, ou mesmo cílios e sobrancelhas”, explica a psicóloga Luciana Nunes. O ato de arrancar os cabelos gera prazer, gratificação e alívio e resulta num ciclo auto-alimentado por diminuir o nível de ansiedade. O paciente que sofre desse problema “repete o ato de puxar os cabelos, em vez buscar a causa da ansiedade. É um ato doloroso, mas com o qual ele tem sensação de prazer”, diz Luciana Nunes.
A psicóloga diz que “a tricotilomania só é caracterizada como patologia se esse movimento começar a atrapalhar o cotidiano da pessoa. Mas é importante ressaltar que o ato de puxar os cabelos já caracteriza um aumento de tensão. Como a pessoa usa esse método para diminuição do estresse ou da ansiedade; já está caracterizado, portanto, que está passando por um momento difícil”.
Para quem sofre de tricotilomania, o recomendado é procurar a ajuda de um profissional de psicologia. Mas Luciana Nunes também defende o uso de terapias alternativas como (linkar)a yoga ou a prática de qualquer exercício físico. Não pode é cair no sedentarismo. A pessoa que caminha pelo menos meia hora, três vezes por semana, já não é considerada sedentária.