Quando a mulher pára de menstruar, seu organismo deixa de produzir os hormônios femininos estrogênio e progesterona, o que causa diversas reações no organismo: calores, pouca lubrificação vaginal, enfraquecimento dos ossos, aumento da quantidade de colesterol no sangue, concentração de gordura na região abdominal e uma série de outros problemas.Para reduzir esses efeitos, há cerca de 20 anos, começaram a ser desenvolvidas diferentes terapias de reposição hormonal, baseadas na prescrição de hormônios sintéticos que substituem a progesterona e o estrogênio.
Segundo o médico Amélio de Godoy Matos, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a cada ano, aumenta o número de mulheres aptas ao uso dos hormônios, pois os remédios apresentam cada vez menos efeitos colaterais. Mas é preciso fazer exames para saber o tipo de hormônio a ser utilizado e por qual via será melhor administrado: se por via oral, por adesivos grudados na pele ou até por spray nasal.
A endocrinologista Amanda Athayde alerta sobre os riscos da queda de hormônios. "Quando a reposição não é feita, diversos problemas podem ocorrer, como ressecamento vaginal, ondas de calor, pele mais fina, enrugada e com manchas escuras. Com o tempo, a distribuição de gorduras se modifica, com predomínio principalmente na barriga. Ocorre ainda atrofia da uretra, incontinência urinária e infecções urinárias de repetição. A longo prazo aumenta a possibilidade de ter osteoporose, mal de alzheimer e doença cardiovascular", revela.