MATO GROSSO Melhor
época para se visitar o Pantanal é até setembro Aos primeiros raios de sol no Pantanal Mato-Grossense,
o "ensurdecedor" canto dos pássaros anuncia um dia repleto de
aventuras. Os jacarés movimentam-se lentamente na beira dos rios em busca
da primeira refeição. Os macacos, sempre em bando, saltam de galho
em galho, curiosos com a presença dos turistas. As araras saem em vôos
barulhentos à procura de um topo de árvore seguro para passar algumas
horas. Um dos ecossistemas mais ricos do planeta,
o Pantanal é palco de um inesquecível espetáculo a céu
aberto. Em seus riachos, campos e matas, os animais convivem em harmonia. Maior
área alagadiça do mundo - com 250 mil quilômetros quadrados,
delimitado pelo Planalto Brasileiro e pelas terras altas do Sopé Andino
- a pluviosidade média da região é de 1.100 milímetros.
Segundo especialistas, por causa do alto índice
de evaporação (média de 1.400 milímetros), a região
tornaria-se semi-árida rapidamente. Isso não acontece graças
às águas trazidas do planalto pelos rios. O
melhor período para visitar a região é entre maio e setembro,
época da vazante ou seca, quando a chuva dá uma trégua e
o clima permanece suportável. Outubro e novembro são os meses mais
quentes e a temperatura pode chegar a 46 graus. Apesar do calor, é um bom
período para se observar a ambundância de espécies animais,
que lutam pelos espaços onde a água não baixou totalmente.
Ali, os donos do pedaço são os
jacarés, que aparecem em bandos. Eles cumprem uma função
importante para o ecossistema. São predadores naturais das piranhas. Se
a quantidade de jacarés diminuir, a superpopulação das piranhas
pode trazer problemas para os peixes e até para o homem.
Insetos Os insetos podem ser uma verdadeira praga no Pantanal. Durante
os períodos de alagamento, eles se proliferam com facilidade e atacam quem
não estiver protegido por roupas compridas e usando repelente. Uma
dica: não basta passar o repelente nas partes desprotegidas, pois a impressão
é de que os insetos pantaneiros reconhecem os turistas de longe. Eles
estão dispostos a sugar o sangue até por cima das roupas. Por isso,
prefira repelentes em spray e aplique o produto também sobre a roupa.
Base da visita A 102 quilômetros de Cuiabá, a cidade de Poconé
serve de base para a visita ao Pantanal Mato-Grossense. Cortado pela estrada Transpantaneira,
o município vive em sintonia com as belezas naturais da área. Destaque
para os artesãos locais, que reproduzem em madeira os símbolos do
Pantanal, como o tuiuiú. Poconé sobrevive basicamente da pecuária,
mas já foi sustentada pela extração de ouro. Há alguns
anos, os garimpos entraram em decadência e foram desativados, mas ainda
podem ser visitados na região. LEIA
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