A decisão para comprar um apartamento não pode se basear apenas em critérios econômicos ou financeiros, diz o vice-presidente da Anefac, Andrew Storfer. Para ele, é necessário levar em conta outros fatores como a idade da pessoa e seus planos profissionais.
Storfer cita o exemplo de um casal jovem que ainda não se fixou em um determinado emprego. "Se a pessoa é muito jovem, provavelmente vai trocar de emprego e nas grandes cidades as distâncias são muito grandes. (Comprando um imóvel) ele perde mobilidade. Quando ele tem a locação, é mais fácil de 'desalugar' e alugar em outro lugar", explica.
Segundo ele, a situação se inverteria para um casal mais velho e que já tem filhos. "Quem está casado e já tem filhos está numa fase da vida que pode se fixar mais. São outros fatores sempre que acabam influenciando e não só o aspecto econômico-financeiro".
No caso de um imóvel novo, financiado pela construtora, o economista da Anefac ressalta que é importante levar em conta não só as prestações, mas também o pagamento das parcelas intermediárias e os custos após a entrega das chaves. "Há imóveis que não vêm com piso sob o pretexto de que você pode personalizá-lo", explica.
No entanto, se a pessoa está consciente do que quer fazer e tiver o dinheiro para dar uma entrada, em um imóvel similar ao que mora de aluguel, uma parcela próxima ao valor pago no aluguel pode valer a pena, aponta Andrew Storfer.