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Primeira vitória acalma os cruzeirenses
Segunda-Feira, 21 Agosto de 2000, 00h23
Atualizada: Segunda-Feira, 21 Agosto de 2000, 00h24

Belo Horizonte - A primeira vitória chegou na hora certa para o Cruzeiro. Se o argentino Juan Pablo Sorín não tivesse marcado o gol contra o Guarani, sábado, em Campinas, a equipe cruzeirense sofreria grande pressão na próxima partida, contra o Bahia, quarta-feira, em Salvador. Para os jogadores, o primeiro resultado positivo no Módulo Azul da Copa João Havelange servirá para dar maior tranqüilidade ao time para trabalhar.

Tudo bem que a Copa João Havelange ainda está no início. Mas o Cruzeiro não venceu nas quatro primeiras rodadas e deixou a torcida preocupada. O alívio veio no sábado, quando a equipe mineira venceu o Guarani, em Campinas, por 1 a 0, com gol de Sorín. Além de ter significado o fim do jejum dos mineiros, o gol também marcou o argentino.

“Foi meu primeiro gol com a camisa do Cruzeiro. Eu tive oportunidades, mas a bola não vinha entrando. Contei também com um pouco de sorte e consegui marcar, finalmente", comentou Sorín.

Para seus companheiros, a vitória também representou um grande alívio. “A primeira vitória foi tão sofrida para chegar. Mas agora que ela chegou, vai nos dar mais tranqüilidade para jogar contra o Bahia", comentou ontem o atacante Geovanni. O jogador está entusiasmado: “É um novo Cruzeiro. Só faltava a vitória para engrenarmos. Agora é manter esse ritmo até o final."

Geovanni aproveitou para elogiar o jovem goleiro Jefferson. “Ficamos muito tristes com o que aconteceu com o André. Mas estamos muito confiantes no Jefferson. Eu já venho dizendo que esse menino vai ser um dos melhores goleiros do Brasil", afirmou o atacante, que se apresenta à Seleção Brasileira no domingo. Daqui para frente, a idéia é manter o nível, de preferência melhorá-lo. Mas os jogadores divergem um pouco sobre se será mais fácil ou mais difícil, agora que a primeira vitória chegou. “Temos que procurar manter esse ritmo. Depois da primeira vitória, fica mais fácil", determinou Ricardinho.

Já o meia Sérgio Manoel tem opinião um pouco diferente. “O difícil não é chegar lá, mas conseguir se manter", teorizou o jogador. “A equipe estava precisando da vitória. A cada rodada que passava, a pressão iria aumentando. Se não vencêssemos, ficaria pior e isso é sempre ruim", afirmou.

Ontem foi dia de folga para os jogadores do Cruzeiro, que se reapresentam hoje de manhã na Toca da Raposa. A equipe viaja amanhã para Salvador. Geovanni recebeu a visita de todos os seus familiares em sua casa, em Belo Horizonte. “Tem um bocado de gente aqui", brincou o jogador, referindo-se aos seus pais, à sua esposa e aos oito irmãos _ 12 no total. “O pessoal tá espalhado nos quartos, na sala", explicou.

Sérgio Manoel, que também tem família numerosa _ quase dez pessoas, incluindo os sogros _, aproveitou para conhecer um pouquinho de Belo Horizonte. “Nunca temos muito tempo para isso e aproveitamos o Marquinhos (ex-Atlético), que é daqui, para nos mostrar os lugares", comentou.

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