São Paulo - Resignação. Era este o sentimento que os jogadores do Corinthians deixavam transparecer na tarde desta quinta-feira, no Parque São Paulo. Um dia após a derrota por 3 a 0 para o Santos - a terceira consecutiva -, o elenco estava abalado. Alguns, como o meia Andrezinho, queriam fugir da pressão.
“Ainda bem que teremos folga no domingo. Vou procurar me isolar ao máximo. Vou para o litoral, mas não digo para qual praia vou. Quero sossego”, dizia o jogador, ansioso para se livrar dos repórteres. Aos 21 anos, Andrezinho confessa que nunca enfrentou situação semelhante em sua vida.
“Estou no Corinthians há 13 anos e nunca tinha passado por isto antes”, revela o meia, formado pelas categorias de base do clube. O auge da humilhação foi a derrota para o Santos. “Perder para o Santos por 3 a 0 foi o ápice. Este resultado caiu feito uma bomba em cima de nós. Sofremos três gols muito rápido. Decidimos no vestiário que teríamos de ter cuidado para não levar uma goleada no segundo tempo. O professor (o técnico Oswaldo Alvarez) falou que não adiantava nada partir para cima do Santos e levar mais gols”, contou.
A derrota para o Santos deu a Andrezinho a certeza de que o jovem time corintiano precisa de um líder. Marcelinho Carioca, que se recupera de uma contusão, pode ser o guru que a equipe necessita.
“O Marcelinho já está dando muita força para nós. Ele tem conversado muito com a gente”, garante. Se para Andrezinho a folga de domingo será providencial para livrar o time da marcação implacável da torcida, para o experiente Ricardinho o melhor remédio para os males da equipe é o trabalho.
“Argumentar agora não adianta nada. O que precisamos fazer é trabalhar. Apoio nós estamos tendo. Cabe só a nós reverter esta situação”, afirmou.