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Fortuna olímpica vem da televisão
Quinta-Feira, 07 Setembro de 2000, 09h09

Paris - Dos 4 bilhões de pessoas que têm acesso a um aparelho de televisão em todo o mundo, cerca de 3,7 bilhões acompanharão toda ou parte das 3.500 horas de transmissão ao vivo prometidas pelas 180 redes que cobrirão os Jogos Olímpicos de Sydney.

Depois de ter contribuído para fazer do esporte um espetáculo planetário, a televisão se converteu em uma fonte de autênticas fortunas para os Jogos.

A orígem da imponente situação financeira das Olimpíadas data dos Jogos de Roma em 1960, que foi o momento a partir do qual os direitos de transmissão pagos pela televisão se tornaram uma parte importante do financiamento das competições e do funcionamento do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Os direitos de então custavam US$ 1,18 milhão. Dez Jogos Olímpicos depois, eles se multiplicaram, chegando ao US$ 1,3 bilhão em Sydney.

Anteriormente, os Jogos eram organizados sobriamente, e o COI vivia austeramente. Quando se reuniam, os membros tinham de pagar as próprias despesas, inclusive de passagens e estadia. Esta obrigação desapareceu no início dos anos 80.

Ao ter tomado os direitos de televisão em geral, os das redes norte-americanas em particular, o COI criou em 1993 uma Comissão para as novas modalidades de financiamento.

Tratava-se de assegurar a estabilidade financeira do movimento olímpico, reduzindo sua dependência em relação a uma fonte muito importante.

Em 1976, 628 empresas que tinham sucursais em 47 países firmaram acordos comerciais com o comitê organizador dos Jogos de Montreal. Em 1980, 145 empresas diferentes fabricaram 10,9 milhões de exemplares de Micha, a mascote dos Jogos de Moscou.

Para acabar com a anarquia comercial que reinava, foi criado em 1985 o TOP, sigla inglesa para The Olympic Programme (O Programa Olímpico), que recentemente se converteu em The Olympic Partners (Os Sócios Olímpicos).

Esse programa mundial de patrocínio permitiu obter US$ 94 milhões provenientes de nove multinacionais durante o período olímpico 1985-1988, "TOP I". O "TOP II" incluiu 12 multinacionais e proporcionou US$ 175 milhões no período seguinte (1989-1992), o "TOP III" (1993-1996) deu US$ 350 milhões e o "TOP IV" (1997-2000) US$ 500 milhões, com um número de empresas limitado a 11.

Ao longo dos quatro anos que antecederam os Jogos de Sydney, o olimpismo terá conseguido US$ 3,5 bilhões de lucros provenientes em 50% dos direitos televisivos (deve-se somar aos de Sydney os Jogos de Inverno de Nagano, em 1998), 36% do patrocínio, 11% da venda de ingressos, 2% das licenças de comercialização e 1% da venda de moedas, selos e outros.

Progressão do valor dos direitos de televisão nos Jogos Olímpicos:
1964: US$ 1.577.778
1968: US$ 9.750.000
1972: US$ 17.792.000
1976: US$ 34.862.600
1980: US$ 87.984.117
1984: US$ 286.314.000
1988: US$ 398.710.000
1992: US$ 636.060.000
1996: US$ 898.300.500
2000: US$ 1.331.600.000

France Presse


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