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Popov tenta tri inédito
Quinta-Feira, 07 Setembro de 2000, 09h36

Sydney - Roupa de banho fast-skin? Nem pensar. Com uma sunga que, segundo ele, custou US$ 30, Alexander Popov está treinando em Canberra para sua terceira Olimpíada e para tentar um feito inédito na história dos Jogos: ser o primeiro nadador a ganhar três vezes consecutivas uma mesma prova, o que pode fazer tanto nos 50 como nos 100 m, livre.

"Testei alguns modelos e não gostei de maiôs. Não gostei de nenhum", diz ele, renegando a grande novidade tecnológica da natação nos Jogos.

Tinha gente até pensando que ele estava acabado depois de uma briga em agosto de 1996. Mas Alexander Popov se recuperou de uma série de facadas que tomou de um vendedor de melancias. Em 1997, quando voltou a nadar, fazia tempos dois segundos acima de seus recordes.

Ele chega a Sydney em sua melhor forma, com marcas melhores que as de seus principais adversários na temporada e um impressionante recorde mundial dos 50 m.

Enquanto Scherer e Gustavo Borges caíram nas duas últimas temporadas, o russo se mantém com uma regularidade impressionante. No campeonato russo deste ano, em junho, Popov destroçou um recorde do norte-americano Tom Jager que já durava 10 anos. Baixou de 21s81 para 21s64 a melhor marca de todos os tempos nos 50m.

Poucos dias depois, ficou a apenas seis centésimos de quebrar seu próprio recorde mundial dos 100 m, fazendo 48s27. E ele ainda ameaça mais. "Não se deve mostrar todas as cartas antes da hora."

Homenageado pelo Comitê Olímpico Internacional no ano passado pelo "conjunto da obra" no esporte, Popov sabe que está perto de fazer história. "Não tenho mais nada para provar na natação. Antes de mim, só um homem havia conseguido ganhar duas vezes os 100m", disse ele. Só para lembrar, o homem foi o norte-americano Johnny Weissmuller, ouro em 1924 e 1928, que fez fama como Tarzan no cinema anos depois. "Ele fez isso quando nem meus pais estavam nascidos. Dá para imaginar o que isso vai significar para mim?"

Mas o russo já adianta que a prova de Sydney será a mais difícil de sua vida. Nos 50m, terá de disputar o ouro com o holandês Pieter Vanden Hoogenband, líder do ranking mundial do ano passado, e com dois norte-americanos que arrebentaram na Seletiva de Indianapolis, no ano passado, Gary Hall Jr. e Anthony Ervin, que também nadaram os 50m abaixo dos 22 segundos. "Será a maior pressão que já senti em toda minha vida. É o preço que pago por estar há tanto tempo no topo", diz o russo.

Jornal da Tarde


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