Belo Horizonte - Enfático e evasivo ao mesmo tempo.
Com seu estilo de gaúcho durão e uma surpreendente habilidade de mineiro
maleável, o técnico Luiz Felipe Scolari ficou em cima do muro ao falar nesta
terça-feira sobre as especulações de que poderá assumir o comando da Seleção
Brasileira na vaga de Wanderley Luxemburgo.
O técnico do Cruzeiro reuniu os jornalistas mineiros no fim da tarde para
conceder uma entrevista coletiva na sala de imprensa da Toca da Raposa. Luiz
Felipe se recusou a responder a primeira pergunta: o Senhor já foi ou não
convidado pela CBF a assumir o cargo de treinador da Seleção?
O treinador disse que considera normal a onda de especulações sobre a sua
ida para a Seleção Brasileira, que inundou os noticiários em todo o país
desde a eliminação da equipe de Wanderley Luxemburgo nas Olimpíadas de
Sydney.
Luiz Felipe, no entanto, não foi convincente ao comentar a declaração do
técnico do Atlético-MG, Carlos Alberto Parreira, de que o futuro treinador
da Seleção está em Minas e não é ele (Parreira):
´´O Parreira não quis dizer que sou eu, pois, além de mim, tem o Jair
Pereira (técnico do América-MG), que inclusive já passou pela Seleção e pode
ser chamado novamente
Para deixar um certo mistério no ar, Luiz Felipe reafirmou que, em
princípio, pretende cumprir o contrato de 30 meses assinado com o Cruzeiro
e, para finalizar, o treinador fez questão de defender novamente a
permanência de Wanderley Luxemburgo à frente da Seleção:
´´O Wanderley é um vencedor. Disputou três competições pela Seleção e venceu
duas. Se eu fosse o presidente da CBF, daria chance ao Wanderley de
continuar o seu trabalho.´´