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Bronze que vale ouro para as meninas do futebol
Quarta-feira, 27 Setembro de 2000, 13h01
Atualizada: Quarta-feira, 27 Setembro de 2000, 13h02

Sydney - Uma medalha de bronze tem grande valor sentimental, mas de nada vai servir para diminuir a situação de inferioridade das mulheres no futebol do Brasil. É com esta mentalidade que várias jogadoras da seleção feminina entram em campo nesta quinta-feira, às 3 horas, para enfrentar a Alemanha pela disputa do terceiro lugar na Olimpíada de Sydney. "Para nós é um jogo muito importante, mas não acho que esta medalha de bronze vai mudar minha vida", diz a meia Raquel. "Disseram no ano passado que se a gente voltasse do Mundial com uma medalha as coisas iam melhorar, mas a verdade é que voltamos com a prata e nada aconteceu."

Segundo ela, quando deixarem a seleção, várias jogadoras estarão sem clube para jogar. "Vivemos em um País preconceituoso onde até aqui na Vila Olímpica tem atleta brasileiro de outros esportes olhando para a gente de nariz empinado", diz a meia Sissi, que luta para se recuperar de uma contusão na coxa e participar da partida. "Se eu dissesse que acredito que as coisas vão mudar com essa medalha eu estaria mentindo." A jogadora diz que, se a situação permanecer como está, a única solução para as atletas brasileiras que quiserem seguir carreira no futebol é jogar nas ligas do exterior, especialmente nos Estados Unidos.

"Só assim elas não vão ter de passar o que eu passei no ano passado, quando o Palmeiras desmanchou o time", afirma. "Fiquei sem emprego e tive de jogar futebol de salão para me manter." Para a atacante Roseli, a maior dificuldade das jogadoras brasileiras é o fato de não existir campeonatos durante todo o ano. Segundo a jogadora - substituta de Kátia Cilene, que está contundida - é por isso que a maioria dos clubes não tem um time permanente.

Desilusões à parte, a equipe espera devolver a derrota que sofreu para a Alemanha na fase de classificação. "Acho que elas irão mudar o estilo de jogo em relação à primeira partida e vão para cima da gente", diz o técnico Zé Duarte. "Na disputa anterior elas entraram no jogo só defendendo." Para o treinador, o maior desafio da equipe é superar a saudade de casa. "Estamos quase dois meses fora e todo mundo não vê a hora de voltar para o Brasil." As jogadoras acreditam que, se repetirem o desempenho da partida contra os Estados Unidos sairão de campo com a vitória. Para as atletas, apesar da derrota por 1 a 0, a semifinal da Olimpíada foi o jogo onde a seleção fez sua melhor apresentação.

Agência Estado


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