Sydney - Na véspera da decisão pela medalha de bronze do futebol feminino, entre Brasil e Alemanha, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, desapareceu. Como sempre acontece quando surge alguma confusão, Teixeira preferiu evitar a imprensa. Com a desclassificação do futebol masculino na Olimpíada e os boatos de demissão do técnico Wanderley Luxemburgo, o dirigente não quis dar entrevistas. Depois de quatro dias em um dos hotéis mais luxuosos de Sydney, Teixeira foi descoberto na manhã desta quarta-feira e, à tarde, foi embora, desaparecendo de novo.
Ele estava participando de um encontro da comissão de arbitragem da Fifa e sua assessoria informou, pela manhã, que ele deveria permanecer até o final da reunião, na sexta-feira. Poucas horas depois, porém, o dirigente fechou sua conta. Teixeira teria embarcado de volta para o Brasil, com passagem por Los Angeles.
A Fifa está realizando reuniões, com a presença do seu presidente Joseph Blatter. Teixeira é vice-presidente da comissão de arbitragem, pela qual, aliás, está credenciado para assistir a Olimpíada. A expectativa era de que o dirigente assistisse a disputa do bronze no futebol feminino. No Comitê Olímpico Brasileiro, porém, ninguém tinha a confirmação de sua presença e muito menos sabia do seu paradeiro. "Nem sabia que ele estava em Sydney", informou o superintendente do COB, José Roberto Perillier. "Pensei que ele tinha voltado para o Brasil, junto com a delegação."
Teixeira chegou a Sydney com a mulher e alguns assessores, domingo, um dia após a derrota que eliminou a seleção brasileira dos Jogos. Na manhã desta quarta-feira, depois de ter sido localizado em um luxuoso hotel, recusou-se a dar entrevista. Sua assessoria informou que ele não falaria sobre a situação de Luxemburgo mas a palavra oficial era de que o treinador permanecia no cargo. Pelo menos, até a volta de Teixeira ao Brasil.