BH - O técnico do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari, não quis confirmar neste sábado se recebeu convite da CBF para substituir Wanderley Luxemburgo na seleção brasileira. O treinador disse ter ficado emocionado com os apelos da torcida cruzeirense, que passou a gritar "Felipão, não vá embora, não" ao final do clássico mineiro, vencido pelo Cruzeiro, de virada, por 4 a 2. "Eu não vou embora", respondeu ele.
Apesar disso, o presidente do Cruzeiro, José Perrella de Oliveira Costa, disse depois do clássico que está praticamente certo que Scolari será convidado a assumir o comando da seleção. O dirigente se baseou no comportamento do secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, tio do presidente Ricardo Teixeira, que esteve ao seu lado durante quase toda a partida no Mineirão.
"Se o Scolari não fosse ser convidado, o Teixeira teria me tranqüilizado, mas como ele nada me disse, acho que a CBF vai mesmo convidar o treinador", disse Perrella. Apesar disso, o dirigente assegurou que, em conversa mantida com Scolari, o técnico sinalizou sua intenção de permanecer no Cruzeiro.
"Ele me disse, literalmente: tenho contrato de dois anos e meio com você e não sou de romper compromissos", afirmou o dirigente. "Ou seja, eu entendo que se ele disse isso, é porque o assunto está nas minhas mãos e, desta forma, Scolari não vai", acrescentou. Perrella ressaltou, porém, que só há uma forma de o técnico comandar a seleção: conciliando a função com seu trabalho no Cruzeiro.