Porto Alegre - A Copa João Havelange chega em sua metade e a máquina de calcular sai da gaveta para ajudar os clubes a avaliar as chances de ficarem entre os 12 que seguem adiante.
Nas projeções de GrÊmio e Internacional, 36 pontos garantem a vaga. Como cada time jogará um total de 24 partidas, a estimativa significa um aproveitamento de 50% dos 72 pontos em disputa.
Sem considerar o resultado do Gre-Nal deste sábado, o Grêmio está mais próximo do objetivo: somou 19 pontos em 13 jogos (49% de aproveitamento). Tem pela frente mais 10 confrontos, cinco no Olímpico e cinco fora. Enfrentará, na mesma proporção, times que estão atrás e na frente na tabela de classsificação. O torcedor mais otimista pode considerar como vantagem pegar longe de casa os ainda lanternas Guarani, Atlético-MG e Santa Cruz e, entre os que lideram, apenas Fluminense e Goiás. No Estádio Olímpico o Grêmio recebe, com exceção do Vasco, um grupo intermediário: Portuguesa. Botafogo, Gama e Atlético-PR.
Também descontando o clássico, o Inter jogou 12 vezes para acumular 16 pontos (aproveitamento de 44%). Das 11 partidas que restam para conseguir pelo menos 20 pontos, seis serão no Beira-Rio. Três com equipes do bloco da frente – Bahia, Vasco e Flamengo –, duas com as do bloco de trás – Santa Cruz e Corinthians, apesar da tradição do time paulista –, e por fim, na última rodada, o Juventude, que não vem bem este ano, mas é capaz de provocar arrepios no torcedor colorado que imagina depender desse jogo para se manter vivo. É o fantasma da Serra.
Fora de casa, o Inter terá pela frente, dos que hoje estão nas primeiras colocações, São Paulo, Sport e Ponte Preta. Portuguesa e Atlético-PR podem ser encarados como de igual força na briga.
Portanto, Grêmio e Inter têm condições sim de chegar entre os 12 melhores do Brasil com suas próprias pernas. Mas a reta final do campeonato não vai perdoar vacilos, experiências malsucedidas, falta de qualidade e erros de avaliação. Quem pisar na bola que se explique com a torcida depois.