Por Vagner Magalhães
São Paulo – Depois de Felipão, Parreira e Oswaldo de Oliveira é a vez de Zagallo dizer que não tem a menor intenção de voltar a dirigir a Seleção Brasileira. O técnico do Brasil na Copa de 98 é veemente em afirmar que o seu ciclo de trabalho na CBF foi encerrado com a derrota para a França em 98 e arrisca que o nome a ser escolhido para o cargo, provavelmente nesta quinta-feira, é de Levir Culpi, do São Paulo.
E não é difícil que ele tenha razão. Além de ser muito bem relacionado no meio do futebol, antes da escolha de Antônio Lopes como coordenador do time brasileiro ele também tinha a informação em primeira mão.
”Não tem a menor chance de eu voltar a treinar a seleção brasileira. Quero deixar isso bem claro. Mas o mesmo não se aplica aos clubes, já que estou com boa saúde e ainda penso a trabalhar novamente como treinador.”
Zagallo disse que esteve perto de fechar com o Atlético-PR antes da contratação de Antônio Lopes, mas que “detalhes” impediram que ele fosse trabalhar no Paraná.”Continuo querendo trabalhar num clube de ponta, que tenha estrutura para que eu possa desenvolver o meu potencial. Mas até agora isso não foi possível.”
O ex-treinador do Brasil mantém o seu discurso de que irá torcer muito para que a nova comissão técnica consiga sucesso, mas faz algumas ressalvas. “Quem aceitar o cargo vai ter de ter uma noção muito grande de trabalho em equipe. Mas terá também, antes de aceitar, de ter a garantia de que a palavra final seja a dele.”
Zagallo disse que foi próximo de Antônio Lopes na época em que os dois trabalharam nos Emirados Árabes. ´´Aqui no Rio não somos muito de nos vermos, mas lá freqüentávamos a casa um do outro.”
A maior dúvida de Zagallo é que caminho o novo treinador vai tomar. “Estamos no meio de uma eliminatória em que o Luxemburgo tomou uma linha, o Candinho outra, e, agora, provavelmente haverá um outro diferente.” Mas dentro dessa indefinição, Zagallo tem uma certeza. “O Brasil se classifica com folgas para a Copa do Mundo. Pode escrever aí.”